domingo, 24 de fevereiro de 2019

Instituições de Ensino


Em 1948 foi construída a primeira instituição escolar quando Banzaê ainda era um povoado, a Escola Edite Brito, está foi desativada no decorrer dos anos e em 02 de agosto de 2021 foi entregue no local a Escola José Benevides (foto).

O município conta hoje com:

Colégio Estadual Flaviano Dantas do Nascimento  (Sede) que oferta Ensino Médio e Técnico, inaugurado o prédio próprio em dezembro de 2006, teve seu registro oficialmente decretado através da Portaria nº 015/2011 de 12 de dezembro de 2011.


Centro Educacional Edval Calasans (CEEC) também situado na Sede, oferta atualmente o Ensino Fundamental completo, inaugurado o prédio próprio em 1999, por diversos anos a instituição ofertou o Ensino Médio e foi reconhecido oficialmente através da Lei 065/1996 e Portaria Res. CEE 196/95 de 13 de janeiro de 1996.

Escolas Mariana Dantas de Matos no Centro da cidade e Genilza Almeida Bitencourt no Bairro Petronílio Dantas (Sede), João Bitencourt Paiva no Tamburil, Palmares no Palmares, Alfredo Macedo no Salgado, Abrão Souza Gama na Queimada Grande, José Dionísio de Oliveira no Monte, João Tapera no Baixão, Terra da Lua no Quilombo Terra da Lua, Maria Preta no Quilombo Maria Preta.

Conta ainda com as Creches Claudiane Alameida Miranda (Sede), Mãe Preta (Salgado), José Camilo Leles (Campo do Brito).


Pesquisado por: Bruno Matos Cezar

Povoado Monte


O Monte fica localizado no sudeste do município, a 17km da Sede, com aproximadamente 700 habitantes, dos quais cerca de 200 se encontram no estado de São Paulo, a maior concentração encontra-se na cidade de Santos. 

Existem duas versões em relação ao descobrimento do Monte. A primeira que foi habitado primeiramente por um senhor chamado José Dionísio de Oliveira, nascido na Fazenda Baixa, em 1855 e que chegou a comunidade em 1885, casou-se com a Sra. Maria Francisca de Oliveira, tiveram 11 filhos (oito mulheres e três homens), seus respectivos nomes eram: Maria, Joana, Ursulina, Júlia, Alberta, Jovencia, Jesusína, Ana, Alfredo, Joaquim e José, eles trabalhavam na comunidade como carpinteiros e agricultores. Dionísio faleceu em 1948, aos 93 anos. Hoje o Monte é habitada por cerca de 75% de seus descendentes entre netos, bisnetos e trinetos.

A outra versão é que foi descoberto por um senhor chamado Miguel Curvelo dos Santos, um senhor de escravos, que veio do município de Tucano, o qual possuía cerca de 15 escravos. Casou-se com Doma Moça, com quem teve um filho e sete filhas. Não se sabe ao certo quando Sr. Curvelo chegou ao Monte, mas pesquisas apontam para o ano de 1840 ou 1850 aproximadamente. 

O nome do lugar já diz tudo, referência às serras que a rodeia. 

No início tinham poucas casas, feita de taipa (enchimento de barro, a comunidade era coberta por grandes árvores e existia também a casa de farinha de rodete e motorizada). 

A agricultura (feijão, milho e mandioca) era a fonte de sobrevivência e renda; as pessoas trabalhavam em mutirões que tinha o nome de batalhão; realizava também a despalha de milho (os agricultores colhiam seus milhos e convidavam os moradores para a despalha). Durante o trabalho, as pessoas se divertiam bebendo cachaça e “cantando versos e contando causos”.

A diversão mais comum era brincadeira de rodas, bilisconder (esconde-esconde), leitura de literatura de cordel, São João, o pau-de-sebo, e no sábado de aleluia com a queima de Judas e quebra-potes.

Religiosidade. Na época da quaresma era muito respeitada. As pessoas guardavam em sacos seus instrumentos musicais, como: violão e sanfona, não ligavam rádio.

A luz era candeeiro, a base de querosene; água era de tanques de barreira, que aparavam as águas das chuvas, não tinham nenhum tratamento. Quando ficava muito tempo sem chover, as pessoas pegavam água até mais de 6 km de distância.

Na década de 40, a comunidade começou a crescer. Surgiram os primeiros comércios: o Bar de Pedro Guilherme e uma Padaria de Pedro Bira. 

O primeiro rádio da comunidade foi o de Maninho Silva, a primeira radiola (vitrola) pertencia a Manoel Faustino, ambos os instrumentos funcionavam a pilhas.

Na década de 60 a diversão passou a ser forró, tocado pelo primeiro sanfoneiro da comunidade: Manoel Prudente de Moraes, que deixou o ofício para Zé de Maninho, as roupas eram feitas de pano de saco, e usavam tanto homens como mulheres. 

Algumas pessoas importantes para a comunidade.

Alfredo: enfermeiro; Joaquim: carpinteiro – fazia caixões para sepultamento; Filadelfo: coveiro e conhecedor de ervas medicinais também o lendário lobisomem; Aristides: fazendeiro que empregava maior número de pessoas; Joana: humorista da comunidade; Rogaciana e Francina: parteiras.

Na década de 80 a tecnologia chegava ao Monte: a televisão perto e branco, que pertencia a Sr. João de Maninho, na casa de quem a maioria dos moradores se reunia para assistir as novelas, telejornais, Copa do Mundo e principalmente filmes, destacando-se Tarzan e BJ; a primeira geladeira foi possuída por Gervázio.

O Monte atingiu seu maior desenvolvimento a partir da década de 90, quando passou a ser município de Banzaê. Hoje é um povoado desenvolvido, tem uma Escola, está cujo nome é uma homenagem ao provável primeiro morador José Dionísio; Igreja Católica, nas quais os fiéis se reúnem pra louvar a Deus, principalmente na época do Novenário em louvor a Nossa Senhora do Monte Serrat; Associações Comunitárias Rurais, Culturais e de Pais e Mestres, através das quais já conseguiu recursos para a comunidade tais como: Olaria, Casa de Farinha eletrizada, Trator agrícola, além de telefone; PSF inaugurado em junho de 2008; Abastecimento de água; Quadra Poliesportiva, Ruas pavimentadas e Campo de Futebol. 

A população atinge cerca de 510 habitantes (sem contar os que estão em outros estados), que ainda vivem da agricultura, da aposentadoria rural e dos benefícios sociais.

O Monte é como qualquer outra comunidade em fase de crescimento que tem seus problemas, mesmo assim estão com o olhar voltado para o futuro. Os pais se preocupam com a educação dos seus filhos, pois acreditam que através dela podemos transformar para melhor o mundo onde vivemos.

Essa publicação foi enviada pelo professor e blogueiro Josivan Ribeiro que adaptou a mesma ao lado do professor José Andrade, ela foi feita de uma entrevista realizada por alunos ao Sr. José Dionísio Neto.